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segunda-feira, 14 de julho de 2014

Filhotes e Imprinting - Ou porque você não deve adquirir um filhote com menos de 3 meses.



Uma das coisas mais complexas da criação de cães é o encaminhamento dos filhotes às suas novas casas. Este momento sempre gera grandes expectativas nos futuros proprietários que, na maioria das vezes, caem no fatídico erro de querer acelerar o processo, pensam: ”Aah! Eu quero um filhote bem novinho!!” , não percebem que ir para uma nova casa significa uma enorme mudança na vida de um filhote.
Não é raro filhotes serem adquiridos por volta dos 40 dias e muitos consideram isso uma prática normal. Mas acreditem! Nesta decisão mora um grande perigo! Ao retirar um filhote de sua matilha nesta idade estará tirando uma oportunidade importantíssima de desenvolvimento social para o filhote, o chamado Imprinting canino.
O imprinting é uma fase pela qual todos os filhotes animais passam e cada espécie possui um período diferente para se estabelecer. Nós, por exemplo, aprendemos muito com nossos pais e irmãos, principalmente na primeira infância. No caso dos cães este período se dá entre o primeiro e quarto mês de vida e não é muito diferente dos humanos, eles precisam de sua matilha para aprender - a isso chamamos de formação da “personalidade”, ou na linguagem mais técnica, imprinting.
Este processo foi investigado pela primeira vez pelo austríaco Konrad Lorenz, um dos pais da etologia moderna e ganhador do Prêmio Nobel de Fisiologia/Medicina em 1973 pelos seus estudos sobre comportamento animal. Ao observar patos e gansos Lorenz descobriu que o imprinting ocorre durante um período relativamente curto chamado de período sensível ou período crítico. No caso dos cães, é nesta fase que desenvolvem a habilidade de comunicação com outros cães da matilha e a aprendem a se posicionar na hierarquia social. As informações aprendidas durante este processo podem ser difíceis ou impossíveis de reverter.
Segundo Con Slobodchikoff, professor emérito do Departamento de Biologia da Universidade do Arizona, o imprinting é a primeira oportunidade de aprendizagem que acontece na idade tenra do animal. Numa matilha, durante os primeiros passos de uma ninhada, a mãe e os cães mais velhos permitem que os bebês façam quase tudo, afinal, são crianças não é? Mas com o passar dos dias, a mãe e os cães adultos passam a não tolerar as atitudes indesejáveis, como latir sem motivo, perturbar o sono de um cão adulto, ou seja, desfiar a autoridade dos mais velhos de algumas forma. O aprendizado começa a ser feito por meio de correções vindas da mãe e dos mais velhos.
Outra característica da fase do imprinting é que o animal aprende a qual espécie pertence. Isso é importante para o acasalamento da espécie e para a socialização do animal no seu grupo.
Nesta fase aprendem com sua mãe e com os irmãos de ninhada - isso faz com que eles compreendam seu grupo social. Ou melhor, aprendem que humanos são uma coisa e cães são outra. Aprendem a sinalizar para os irmãos quando estão dispostos a brincar e também quando a brincadeira foi longe demais. Essas habilidades são importantíssimas para o futuro da convivência deste filhote na sua futura “matilha humana”.
Se um filhote é retirado do seio de sua mãe aos 30 ou 40 dias, ele perde a chance de aprender sobre a parceria entre cães, o respeito pela a hierarquia e poderá não compreender seu posicionamento em uma matilha e/ou parceria social existente nela. Um filhote retirado cedo demais, aprenderá suas impressões com os humanos que lhe cercam, e poderá pensar em si como um humano ou até mesmo, no humano como um cão.
Normalmente estes filhotes vão para a casa de seus novos donos e lá ficaram isolados do contato com outros cães até tenham tomado todas as vacinas. Isso basta para que ele repudie um cão estranho pelo simples fato não reconhecer ou saber mostrar certos sinais de paz. Se tornando assim um cão anti-social.
Em alguns casos, Con Slobodchikoff explica que, este cão, quando colocado na presença e companhia de outros cães, não terá as habilidades sociais necessárias para saber como interagir com os semelhantes, nem terá sequer interesse pelos protocolos de saudação caninos. Num grupo de cães ele pensará que está cercado por alienígenas e muitas vezes, e responde ao grupo de forma agressiva.
Por isso um cão anti-social é tudo o que você não quer. Um cão anti-social é aquele que morde sua sobrinha de 4 anos sem aviso, é aquele que avança no seu namorado, avança em outros cães na hora de passear, simplesmente por que esse cães quiseram cheirá-lo — ele não entenderá que o outro cão veio em paz, justamente porque não aprendeu a ler a linguagem corporal canina. Um cão anti-social é aquele que rosna toda vez que você chega perto da comida dele, do brinquedo. É aquele cão que todos os funcionários do banho e tosa lembram e odeiam!
Felizmente, cães num grupo misto, de humanos e cães, aprendem a distinguir seus semelhantes dos humanos. E quando é permitido que ele fique com sua mãe e irmãos até a 3o ou 4o mês - voilá! Aprende todas as habilidades sociais que precisará no futuro.
Mas, se no momento do imprinting, for colocado somente na companhia de humanos e além disso, ficar isolado, ele irá reconhecer somente as pessoas ao seu redor, poderá tornar-se agressivo com outros cães e com pessoas estranhas. E no final, talvez você até diga: “ahh, mas lá em casa ele adora as crianças e nunca rosnou pra ninguém!” - bem, agora você já entendeu porque né? E isso não retira dele o rótulo de cão anti-social.
Aproveite o ensejo para reconhecer um criador que quer manter os filhotes mais tempo na matilha. Esse é o criador que se preocupa com a raça que cria! Os pseudo criadores, querem logo se livrar da trabalheira e liberar os filhotes assim que desmamam, sem se importar com as consequências que seus atos possam trazer.
Embora os efeitos de imprinting mal conduzido possam ser revertido, Con Slobodchikoff nos conta que isso dá um certo trabalho. Um cão que não aprendeu habilidades sociais em idade precoce pode até ser socializado, mas isso requer muita paciência e esforço por parte do proprietário. Segundo ele a maneira mais fácil de prevenir futuros problemas ainda é retirá-lo da matilha em idade bem adiantada.

Este post foi escrito em conjunto com Andreia Camargo, criadora de Westies, proprietaria do canil Holly Westie.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Como socorrer um cão que está engasgando

Cães estão sempre pegando com a boca diversos objetos, como bolas, gravetos, ossos etc. Se seu cão de repente começar a correr/andar em círculos, levar a pata à boca e agir de forma desorientada, ele pode estar com algo preso na garganta. Descubra se seu cachorro está engasgando e o que fazer caso ele esteja.

É importante ter em mente essas técnicas, pois se seu cachorro engasgar você precisará agir muito rápido, não vai dar tempo de acessar a internet para procurar o que fazer para salvá-lo. Portanto, leia essas dicas e tenha-as em mente para aplicá-las se for necessário um dia.

1. Cheque os sinais de que ele está engasgando

- Ele está levando a pata à boca?
- Ele está tossindo constantemente?
- O cão está babando?
- Ele está se esforçando muito para respirar?
- A gengiva ou a boca do cão estão ficando azuladas ou esbranquiçadas?
- O cão está vomitando?
- Ele está choramingando, como se estivesse sentindo dor? Está claro que ele está com algum desconforto?


2. Procure ajude imediatamente

- Se você acha que seu cão está engasgando ou se você tem qualquer dúvida em relação a isso, ligue imediatamente para o veterinário – ele vai te orientar em relação aos primeiros socorros e provavelmente vai falar para você levar seu cão na emergência o mais rápido possível.

- Se você não conseguir ligar para o veterinário, leve em alguma emergência 24 horas. É bom sempre saber onde tem uma mais próxima da sua casa para essas situações.


3. Inicialmente, se seu cachorro puder tossir, espere por alguns momentos para ver se seu cão irá conseguir tossir o objeto que está obstruindo sua garganta. Apenas espere isso acontecer se você perceber que seu cão consegue respirar bem. Se qualquer outro sintoma estiver acontecendo (choramingar, esforço pra respirar, desespero aparente no cão), comece a ajudá-lo imediatamente e considere correr para a emergência.


4. Comece a ajudar o seu cão, é o melhor que você pode fazer enquanto não chega ao veterinário.

- Tente olhar dentro da boca do cão para saber o que está fazendo-o engasgar. Abra-a sua boca gentilmente, mova a língua dele para o lado se necessário para que possa olhar a garganta. Se estiver escuro, tente usar uma lanterna.

- Se você conseguir localizar o objeto que está causando a obstrução, retire cuidadosamente com as mãos ou com a ajuda de uma pinça.

- Atenção: se você não conseguir ver claramente o objeto para retirá-lo da garganta do cachorro, não coloque sua mão para procurar o objeto, pois você pode piorar ainda mais a situação, colocando o objeto em questão ainda mais fundo na garganta do animal. Não coloque sua mão também se o cão estiver em pânico, pois você pode levar uma mordida acidental.


5. Ajude seu cão a retirar a obstrução

- Cães pequenos a médios: pegue-o por suas pernas traseiras. Segurar o cão de cabeça para baixo e tente sacudir o objeto de sua boca aproveitando a força da gravidade.

- Cães grandes: segurar o cão de cabeça para baixo, mas em vez de manter o cão de cabeça pra baixo (quase impossível!), mantenha suas patas dianteiras ainda no chão e levante as patas traseiras (da mesma forma como segurando um carrinho de mão), inclinando-o para frente.


6. Quando você não conseguir remover o objeto

Cães até 20kg
- Usando a palma da mão, aplique 4 a 5 golpes fortes no cão, entre os omoplatas.



Cães maiores que 20kg
- Vire o cão para o lado, coloque a palma da sua mão no meio do peito do cão. Segure por 2 segundos e solte por 1 segundo. Repita 60 a 90 vezes por minuto.






7. Se nada adiantar e o seu cão ainda não conseguir respirar, você pode considerar ajudá-lo com a técnica Heimlich, muito utilizada em seres humanos, na esperança de remover o objeto que está obstruindo a respiração do seu cão. Só comece a técnica de Heimlich se você vir seu cão colocar algo pequeno na boca, se está colocando a própria pata na boca como se tentasse arrancar o objeto ou se ele não está conseguindo respirar.

sábado, 22 de março de 2014

Como acabar com carrapatos de cachorro


O cachorro aparentemente está muito bem, quando de uma hora para a outra ele passa a se coçar desesperadamente. Quando você resolve examiná-lo detecta o problema: carrapato. Além do incômodo das coceiras, os carrapatos podem até transmitir doenças. Descubra a seguir a resposta de perguntas comuns sobre essas praguinhas que podem incomodar tanto o seu cãozinho.

Quando os carrapatos aparecem?
 
Os carrapatos se alimentam do sangue dos animais e surgem com o aumento das temperaturas, normalmente do início da primavera até o final do verão. Eles são encontrados em áreas urbanas e também em parques. O problema é que eles se proliferam com muita rapidez. Muitos acham que eles voam ou pulam como as pulgas, no entanto ele chega até seu alvo andando e se agarram na pele do animal.O carrapato mais conhecido por atacar os cães é o carrapato vermelho do cão. Para ter ideia da rapidez da disseminação, um carrapato fêmea põe em média de 200 a três mil ovos por dia. Nem todas as espécies transmitem doenças. 
Com quais sintomas meu cachorro estará se estiver com carrapatos?


Ter um cachorro com carrapatos é uma grande dor de cabeça, tanto para o seu cãozinho, quanto para você. Então, fique atento para sinais como: febre, falta de apetite e gengivas pálidas. Corra para o veterinário para que ele possa fazer exames em seu cãozinho e evite possíveis doenças, como a anemia, babesiose, entre outras. Todas as doenças podem ser tratadas se detectadas no início. 
Como acabar definitivamente com eles?

Para acabar de vez com os carrapatos, você pode pode usar alguns produtos e algumas técnicas especiais. Porém, antes de qualquer coisa, sempre contate um veterinário de sua confiança.


Coleira anticarrapaticida

É uma coleira especial, que afasta os carrapatos do bichinho. Porém temos relatos de que os Samoiedas tem ficado com os pêlos manchados com o uso dessa coleira.

Banhos carrapaticidas

É um banho feito no pet, onde é utilizado algum produto carrapaticida para fazer o tratamento dos carrapatos. Pode ser adquirido em pet shops. Cuide para que o animal não lamba o produto durante o banho ou enquanto estiver molhado. 

Carrapaticidas em gotas que possuem longa duração

Este produto é geralmente aplicado no dorso do animal, afastando os carrapatos por um período de tempo. Não se esqueça de reaplicar o produto após o término da ação. 

Produtos recomendados aos Samoiedas:

* Max 3
* Frontline
* Revolution

Produtos NÃO RECOMENDADOS AOS SAMOIEDAS:

* CERFECT
* ProMeris Duo
*Ivermectina
* Pra-Tic 

Tratar o ambiente

Os carrapatos se estabelecem dentro de muros, vegetação, frestas de pisos ou paredes. Então o ideal não é tratar apenas o animal, você tem que fazer uma higienização adequada do local onde seu pet costuma ficar. Verifique as frestas de pisos da sua casa, onde o cão costuma dormir, onde você leva ele para passear. Todos esses locais são propensos a ter uma infestação, e podem ser nesses locais que seu pet está se infectando com carrapatos. Muitos donos de cães fazem apenas o tratamento do animal, passando por meses com problemas com carrapatos, enquanto que a fonte do problema são esses locais infestados. Quando realizar o tratamento do ambiente, esteja ciente que esses produtos são tóxicos e que podem prejudicar você e seu bichinho. Leia atentamente as instruções no rótulo de cada produto. A incidência de carrapatos em épocas quentes é maior. Redobre os cuidados nesses períodos. Consulte o veterinário antes de utilizar qualquer produto. 

Quais são as doenças que esses ácaros causam? 

Os carrapatos podem trazer uma série de doenças que comprometem a saúde de seu pet,como:

# Erliquiose é uma doença que ataca os glóbulos brancos do sangue do animal podendo causar até anemia. Os sintomas iniciais são a perda de apetite e indisposição, evoluindo para sintomas mais graves como inchaço ou inflamação das patas, febre, vômitos e cegueira.

# Babesiose Ataca os glóbulos vermelhos do sangue podendo causar anemia e problemas na coagulação sanguínea. Os sintomas podem ser febre, letargia, perda de apetite, depressão e ou palidez nas mucosas (comum em animais anêmicos).
 
 

segunda-feira, 3 de março de 2014

Displasia Coxo Femural

GUIA PARA O CRIADOR E PROPRIETÁRIO DE CÃES 

 
A displasia é uma doença que afeta a articulação coxofemoral. Esta articulação é formada pela cabeça do fêmur e a cavidade acetabular dos ossos da bacia, e é responsável pela transmissão das forças da coluna vertebral pelo membro posterior até ao solo quando o animal anda ou corre. Para que esta articulação funcione corretamente é necessário que exista uma coaptação perfeita das duas superfícies ósseas (redonda da cabeça do fêmur e côncava do acetábulo), mas também resistência dos tecidos moles envolventes como a cápsula articular, ligamento redondo (liga a cabeça do fêmur ao acetábulo, tal como a cápsula articular), músculos e tendões que envolvem a articulação. 

O que é a displasia? 

A displasia é uma doença de biomecânica de desenvolvimento, isto é, o animal nasce normal, mas durante os seus primeiros meses de vida as articulações coxofemorais sofrem alteração na sua forma devido à falta de coaptação entre as superfícies ósseas originando deformação da cabeça do fêmur. A falta de congruência articular origina artrose o que em muitos casos é responsável pela dor e consequente claudicação dos animais. A falta de congruência das superfícies ósseas articulares deve-se a um processo de maturação mais rápido do esqueleto relativamente aos tecidos moles (músculos, cápsula articular, ligamentos) o que faz com que exista lassidão (falta de resistência) destes e consequentemente incapacidade para manter o contato normal entre as superfícies ósseas da articulação. Esta falta de resistência dos tecidos moles envolventes da articulação origina precocemente sub-luxação articular (cabeça do fêmur mal encaixada na cavidade acetabular) e posteriormente lesões de artrose.



Quais as causas da displasia? 

A displasia é uma doença hereditária e genética, embora alguns fatores ambientais possam contribuir para uma maior expressão da doença em animais com genes para a displasia. Para o desenvolvimento da doença é necessário que o animal tenha genes para a displasia. Não se sabe ao certo quantos genes estão envolvidos, mas sabe-se que são muitos, por isso é denominada de doença poligênica. Nas doenças poligênicas quanto maior for o número de genes alterados herdados dos progenitores mais marcada será a doença nos cachorros. No entanto, a questão não é tão simples uma vez que alguns dos genes se combinam aleatoriamente e não de forma aditiva, embora num número muito reduzido. Os fatores ambientais como excesso de peso, ração hipercalórica, curva de crescimento muito acentuado, chão escorregadio e liso, excesso de minerais como o cálcio, excesso de exercício, contribuem para exacerbar as alterações, mas não são a causa da doença. 

A displasia aparece com igual prevalência em todas as raças? 

A displasia é uma doença que aparece mais frequentemente em raças de cães médias e grandes, embora possa ocorrer em qualquer raça. As raças mais predispostas são por exemplo S.Bernardo, Bulldog, Terra Nova, Retriever do Labrador, Golden Retriever, Mastins, Pastor Alemão, Serra da Estrela, Rafeiro do Alentejo, Shar-Pei,Samoieda, Akita, Setters, Cão Boieiro Suiço, Rottweiller, Dobermann, etc. As raças pequenas são também atingidas embora pelo seu peso corporal em muitos casos não manifestem sinais clínicos da doença.




Qual a importância de radiografar o meu animal? 

Não existe nenhum teste genético para despistar um animal portador de genes para a displasia O exame radiográfico, é hoje em dia considerado o meio de diagnóstico que melhor permite despistar os animais que não tendo sinais clínicos de displasia, têm, no entanto lesões compatíveis com a doença, sendo essas lesões um marcador da presença de genes para a doença. Os animais devem ser radiografados aos 12 meses para raças médias e grandes e 18 meses raças gigantes. O Samoieda sendo uma raça de médio porte deve ser radiografado aos18 meses. A partir dos 5-6 anos de idade a avaliação torna-se mais difícil uma vez que podem existir lesões de artrose não relacionadas com displasia da anca. Por isso, para efeitos de despiste de displasia dever-se-á evitar submeter radiografias de animais a partir desta idade.

Raio X de um cão isento de displasia coxofemoral

 Raio X de um cão com displasia coxofemoral

Porque anestesiar o animal para realizar o exame radiográfico? 

A anestesia geral permite um relaxamento muscular total e dessa forma consegue posicionar corretamente o animal para o exame. Caso contrário terá de repetir várias vezes à radiografia até obter um rx de boa qualidade. Sem um posicionamento correto é impossível atribuir uma classificação à radiografia. Por outro lado, o relaxamento muscular permite observar a lassidão da articulação com maior facilidade e dessa forma ser mais precisos na avaliação.

Qual o significado dos diferentes graus da classificação da displasia? 

Os graus atribuídos na classificação da displasia são os graus definidos pela Federação Cinológica Internacional e que se identificam por letras: A, B,C, D, E. Os graus A e B são animais sem sinais radiográficos de displasia, os graus C, D, e E correspondem a animais com sinais de displasia. O grau C corresponde à displasia ligeira, o grau D displasia moderada e o grau E displasia grave.

Quais os graus de displasia que posso usar na reprodução? 

Em princípio só deveríamos utilizar na reprodução animais com graus A e B. De fato só esses permitiriam reduzir significativamente o número de genes para a displasia. No entanto, algumas raças o nível de displasia é tão elevado que se eliminássemos todos os animais com grau C ficaríamos com um conjunto de reprodutores muito limitado. Nestes casos pode utilizar-se um dos progenitores com grau C embora o outro deva ser A ou B. Esta é uma exceção, não deverá ser a regra.



Qual a importância de reduzir a prevalência da doença? 

Se utilizarmos na reprodução animais com displasia a doença perpetua-se com uma intensidade crescente devido ao efeito majoritariamente aditivo da combinação dos genes e consequentemente animais com sinais mais marcados. Isto tem repercussões individuais pelo sofrimento do animal envolvido e dos seus proprietários, maiores despesas associadas à terapêutica e muitas vezes perdas de animais com características excelentes em termos de beleza ou trabalho. Por outro lado, em termos populacionais de uma raça conduz inevitavelmente ao retrocesso em termos de características da raça e um esforço posterior muito maior para obter animais sem sinais de displasia.



Qual a importância de se conhecer os graus de displasia nos animais presentes num pedigree? 

O reconhecimento do grau de displasia até à 3ª ou 4ª geração de um pedigree é muito importante porque isso dá-nos a percepção do grau de probabilidade de ocorrência de animais com displasia. Se eu dispuser de um cão classificado com grau B proveniente de pais e avós com graus A e B provavelmente este animal disporá de muito poucos genes para a displasia. Se pelo contrário eu usar um reprodutor (macho ou fêmea) com grau B, mas com alguns dos antepassados com grau C e D a probabilidade de obter cachorros com displasia é francamente maior.




Jarrete de Vaca


Cães com jarrete de vaca têm uma probabilidade muito maior de desenvolver a displasia. Mas não é uma regra. O “jarrete de vaca”, designação comum para o desaprumo em “X” dos membros posteriores nos cães, é uma anomalia física geralmente hereditária ou provocada por estados de subnutrição, que irá comprometer o bom desempenho atlético dos indivíduos seus portadores. Existem raças mais propensas a esta forma periclitante de equilíbrio, nomeadamente as mais compridas e mais anguladas, cujo excesso de convexidade lamentavelmente a isso induz. Como tratar: Pode se amenizar ou até eliminar o desvio com exercícios regulares de caminhadas (sem forçar o cão), alimentação balanceada e piso não escorregadio. O que fazer: - Primeiramente ele deve ser afastado da criação. - O cão não pode ser, de maneira alguma obeso. - Caminhar moderadamente todos os dias é um bom tratamento. - Natação, principalmente nos casos de displasia de cotovelo, e hidroginática. -Exercícios na grama ou na areia são bons. - Um medicamento chamado Osteocart também pode ser usado para ajudar animais displásicos a não sentirem dor. Consulte um bom veterinário e ele o orientará. -Evitar ao máximo o animal no piso liso.

sábado, 1 de março de 2014

Pesquisa Científica sobre a Saúde dos Samoiedas

   * Ranking sobre Displasia
Por essa pesquisa podemos concluir que nos EUA com o rígido controle que é feito, a taxa de displasia de quadril vinha caindo significativamente nos nascidos desde 1990, até os nascidos em 2010, reduzindo-se em 20 anos de controle praticamente a metade o número de cães comprometidos. Mas infelizmente, o índice de comprometimento 7,2% ainda é alto.
 
* Ranking sobre Problemas Cardíacos
Problemas cardíacos são bem pouco prevalentes em nossos sammies, menos de 1% de acordo com essa pesquisa da OFFA (Orthopedic Foundation for Animals).
*Ranking sobre Displasia de Cotovelos
Como podemos ver por essa pesquisa, nos EUA o índice de displasia de cotovelos não é tão alto como o de displasia de quadril (7,2%), mas há uma incidência significativa (2.3%) que indica que há necessidade de controle dos padreadores e matrizes para eliminar o mal da raça.
*Ranking sobre Adenite Sebácea
Interessante que eles colocam a ADENITE SEBÁCEA como a "doença" que mais acomete os sammies, sendo encontrado em 21% dos cães examinados...Lembrando que a ADENITE SEBÁCEA não tem nenhum significado clínico comprometedor na vida dos cães, apenas eventualmente podendo ter algum significado estético dependendo de onde se localizar o cisto.



A importância da realização dos RX de controle de displasia na diminuição do aparecimento da doença na raça: Na avaliação dos cães nascidos entre 2006 e 2010 18,9% dos cães avaliados são EXCELLENT (nosso HD A), enquanto que 7,2% deles ainda tem algum grau de displasia. Antes disso, só 10,5% era chapa A e 11% do total de samoiedas avaliados tinham displasia em algum grau.


*Ranking sobre Tireóide
Nossa, 14.1% dos sammies examinados com algum problema de tireóide! Preocupante não?A gravidade dos sintomas do hipotireoidismo variam de acordo com o comprometimento da glândula tireóide e estão relacionados com a diminuição progressiva do metabolismo do animal. Nas fases iniciais da doença podem ocorrer: Sonolência, perda de interesse, diminuição no estado de alerta, dificuldade de movimentação, diminuição dos batimentos cardíacos, pele seca e áspera, pelagem de má qualidade e diminuição da sua velocidade de crescimento, infeções de pele frequentes, aumento de peso mesmo com a dieta limitada, anemia e infertilidade. Conforme a doença vai progredindo, estes sintomas tendem a se acentuar.


 Fonte: http://www.offa.org

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

MEDICAÇÃO TÓXICA P/ SAMMY

MEDICAÇÃO TÓXICA P/ SAMMY

Acho interessante divulgar que a medicação DIASEG, também conhecida como GANASEG,BABESIN,GANATETE,DIMINAZINEB12,VIRBAZENE,PIROFORT,BABECID,PIROSAN,BEROSEG,BEROTETRA,GANASENE (nome da droga = Diaceturato de Diminazeno), é uma droga muito tóxica para os samoiedas e mata por hemorragia e liquefação cerebral.
É usado para o tratamento das doenças do carrapato. Alguns laboratórios ainda tem a indicação para cães nas suas bulas, outros já retiraram e consta apenas para uso em bovinos.
Tem muito veterinário desinformado que continua fazendo uso desse produto.
Os sintomas na maioria irreversíveis são sialorréia, endurecimento de membros anteriores e posteriores, tremores, convulsões, nistagmo e morte.
Divulguem para todos aqueles que vocês conhecem, para seus amigos que tem samoieda e para seus veterinários para que a morte por uso indevido desse produto não continue acontecendo.
Outras raças também são muito sensíveis a esse produto, em especial os cães nórdicos e o fila brasileiro.


Além da Diaseg e seus derivados também é tóxico e pode levar a morte os nossos sammies a:
IVERMECTINA e os produtos de uso Tópico como o PROMERIS DUO da Fort Dodge e o CERFECT da Merial.